Aspectos éticos no tratamento médico da pedoflia e na divulgação jornalística de casos de agressão sexual contra crianças
Por Danilo Antonio Baltieri e Renata Almeida de Souza Aranha e Silva
Enquanto vítimas de abuso ou agressão sexual têm recebido atenção de profissionais da saúde e operadores do Direito por longo tempo no Brasil, os agressores sexuais têm apenas recentemente chamado a atenção para um adequado manejo clínico e avaliação do seu risco de reincidência. Tentativas de promover tratamento específco para essa população heterogênea dos agressores sexuais têm recebido pouco ou nenhum incentivo e, por vezes, são consideradas inefcazes ou mesmo frustradas. Claramente, e respaldando-se na literatura científca especializada, profssionais da saúde que se dedicam ao tratamento médico e psicossocial dessa população devem sempre atuar no melhor interesse do paciente, da sociedade e das potenciais vítimas, dentro de um duplo papel. Este capítulo brevemente discutirá alguns aspectos éticos do manejo clínico de agressores sexuais de crianças, bem como tratará dos aspectos éticos inerentes à prática jornalística de divulgação neste campo.
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Médico psiquiatra. Professor Livre-Docente pelo Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Foi Professor de Psiquiatria da Faculdade de Medicina do ABC durante 26 anos. Coordenador do Programa de Residência Médica em Psiquiatria da FMABC por 20 anos, Pesquisador do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas do Instituto de Psiquiatria da FMUSP (GREA-IPQ-HCFMUSP) durante 18 anos e Coordenador do Ambulatório de Transtornos da Sexualidade da Faculdade de Medicina do ABC (ABSex) durante 22 anos. Tem correntemente experiência em Psiquiatria Geral, com ênfase nas áreas de Dependências Químicas e Transtornos da Sexualidade, atuando principalmente nos seguintes temas: Tratamento Farmacológico das Dependências Químicas, Alcoolismo, Clínica Forense e Transtornos da Sexualidade.