Nos Estados Unidos da América, a cetamina está disponível na forma de marca Ketalar desde a década de 70. A droga é usada para aplicações humanas e veterinárias. Encontra-se cetamina prescrita nas seguintes formulações:
a) Líquido claro e incolor
b) Spray nasal
c) Pó esbranquiçado
d) Injetável intravenoso
A cetamina também é, infelizmente, utilizada de forma abusiva como droga recreativa para produzir efeitos eufóricos e/ou dissociativos. A cetamina é uma substância controlada nos Estados Unidos desde 1999.
Conhecida por vários nomes de ruas – por exemplo, “Key”, “vitamina K”, “K especial”, “tranquilizante para gatos”, “jato” – a cetamina às vezes é ilicitamente usada para efeitos intoxicantes semelhantes aos causados pela Fenciclidina (Pó de Anjo). Os usuários descrevem “experiências fora do corpo” e sensação de “derreter com o ambiente” após o uso abusivo.
A cetamina produz distorções das percepções de visão e som, além de uma sensação de desconexão, relaxamento e amnésia. Assim, às vezes, os usuários se sentem anestesiados e expectadores dos seus próprios ambientes e de si mesmos. Assim, os efeitos dissociativos da cetamina a tornam uma droga recreativa popular. A cetamina é reconhecida como tendo potencial para abuso e dependência física. As pessoas que usam essa substância relatam que os efeitos são “de curta duração e extremamente eufóricos, além de facilitarem as interações sociais, a tornam muito atraente”.

Médico psiquiatra. Professor Livre-Docente pelo Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Foi Professor de Psiquiatria da Faculdade de Medicina do ABC durante 26 anos. Coordenador do Programa de Residência Médica em Psiquiatria da FMABC por 20 anos, Pesquisador do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas do Instituto de Psiquiatria da FMUSP (GREA-IPQ-HCFMUSP) durante 18 anos e Coordenador do Ambulatório de Transtornos da Sexualidade da Faculdade de Medicina do ABC (ABSex) durante 22 anos. Tem correntemente experiência em Psiquiatria Geral, com ênfase nas áreas de Dependências Químicas e Transtornos da Sexualidade, atuando principalmente nos seguintes temas: Tratamento Farmacológico das Dependências Químicas, Alcoolismo, Clínica Forense e Transtornos da Sexualidade.